manter uma distância considerada segura dos assentamentos espanhóis e ingleses que também estavam em franca expansão pelo restante da América. Assim, em 1718, a cidade foi oficialmente fundada com o título de capital do Território Francês da Louisiana¹* (STALLARD, 2018; POWELL, 2012). Em 1803, os norte-americanos – que já tinham um acordo para explorar a região portuária da cidade – compraram o território da Louisiana (DIN & HARKINS, 1996) e passaram a controlá-la, formalmente.
Durante boa parte do século XIX, New Orleans/LA era um dos centros urbanos mais efervescentes da América, gozando da exploração de generosas fontes de gás natural, de investimentos na indústria do algodão, de um sistema de bondes elétricos e de um moderno sistema de telégrafos, que a conectava com cidades como St. Louis/MO e New York/NY. Na época, com uma população de cerca de 100 mil habitantes, cuja maioria era branca e falava francês, New Orleans/LA se destacava como a cidade mais importante do sul dos EUA e a terceira maior cidade do país (LEWIS, 2003). No começo do século XX, a cidade continuava a progredir e, visando a ocupação de áreas pantanosas localizadas mais próximas do leito do Rio Mississippi, uma série de diques e casas de bombas foram construídas, suportando o forte processo de expansão urbana que viria a ocorrer nos próximos anos (POWELL, 2012; LEWIS, 2003).
No entanto, sua localização junto a muitos corpos d’água e o acesso franco ao Oceano Atlântico tornam a cidade altamente vulnerável a enchentes e a outros